sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Etrius – Lorde de Ceoris

4ª Geração – cria nominal de Tremere
Natureza: Tirano
Comportamento: Conformista
Abraço: 1022
Idade Aparente: Início dos 30

         Nascido fora de Gothenborg , Suécia, em 850, Etrius era uma criança estudiosa e reclusa de um viking bronco que foi um dos primeiros cristãos convertidos naquelas terras. O pai de Etrius serviu como protetor e patrono de Ansgar, o bispo alemão que fez a primeira viagem missionária oficial para a Suécia em 869. Ansgar causou uma grande e boa impressão no maleável e jovem Etrius, vendo-se fortemente atraído pela doutrina cristã. Mesmo no começo, sua fé era idiossincrática. Sua crença principal consistia em sua própria santidade. Como um santo em formação, frequentemente perdoava em si mesmo transgressões que condenaria em terceiros. Avaliando que o primeiro passo da canonização era vestir as túnicas do clero, decidiu tornar-se um sacerdote. Isso seria uma tarefa difícil na ainda pagã Suécia. Seu pai o enviou a uma peregrinação para Roma. Em poucos dias de jornada, os peregrinos foram atacados pelos inimigos do pai de Etrius. Etrius foi levado como escravo e eventualmente vendido na longínqua Constantinopla. Etrius sabia que tudo era parte do grande plano de deus para ele. Seu comprador foi Tremere, que imediatamente identificou nele tanto um talento cru para a magia, como uma aptidão para acatar ordens. Tremere fez de Etrius seu aprendiz, o primeiro desde a falha terrível em sua tentativa de dominar a Ordem de Hermes.
                Etrius permaneceu do lado de Tremere  muito depois de já ter se provado como um magus poderoso. Tremere tolerava sua retórica cristã, ocasionalmente alfinetando-o ao lembrá-lo do antagonismo da igreja em relação aos feiticeiros. Etrius não achava apropriado explicar que o Senhor certamente queria que ele se tornasse um magus. Por qual outra razão teria arranjado o destino de Etrius do modo como fez?
A arrogância de Etrius cresceu quando foi capaz de deter seu próprio envelhecimento, vivendo mais do que seus contemporâneos. Ele colocou de lado a idéia de beatificação iminente, ao concluir que deus teria um propósito maior para ele do que a de um mero santo. Em meados de 900, começou a agir como se qualquer ação que realizasse fosse do agrado de deus por definição. Em 962 reduziu a cinzas um informante que desejava revelar um pequeno plano de Tremere para um magi rival. Ele se justificou dizendo que se os discípulos estivessem dispostos a matar por ele, Cristo nunca teria sido crucificado. Tremere sorriu ao ouvir isso.
Quando Etrius conheceu Goratrix, enquanto ainda era aprendiz, os dois detestaram-se mutuamente a primeira vista. Tremere o havia preparado para detestar seu predecessor. Etrius viu em Goratrix toda a malignidade que se julgava imune. Goratrix o considerou um hipócrita de proporções bíblicas. Quanto mais habilmente Goratrix apontava as falhas da teologia conveniente de Etrius, mais Etrius a ela se apegava. Etrius, percebendo que Goratrix desejava eclipsar Tremere, começou a considerar sua lealdade ao mestre como a maior virtude de todas.
Etrius construiu a pequena capela de Vienna em 920, e era seu frequentemente ausente, embora mestre nominal até 1022. Durante o exercício do cargo, ele silenciosamente quebrou o banimento tácito hermético contra o envolvimento em assuntos da política mortal ao ajudar o rei alemão (e posteriormente Imperador Romano) Otto o Grande contra as hordas Magyar na batalha de Lechfeld em 955. Ele assim o fez como parte de seu plano de cultivar contatos dentro da igreja austríaca e dentro das classes governantes. Embora os Magyares tenham sido incomumente abertos à conversão cristã em 955, Etrius os via como pagãos malditos tal como seus compatriotas. Além disso, em seus anos em Vienna, Etrius conheceu Mendacamina, e se sentiu atraído por ela, numa paixão mútua condenada e não realizada.
Em 980, assumiu o papel de líder secundário no ritual de Goratrix para consagrar Ceoris. Ele decidiu colocar o membro arrancado de Goratrix, humilhantemente dentro da boca do Mago Ponticulus, que teve de ser decepado depois de cometer um erro ritualístico. Depois disso, ele questionou os métodos de construção de Goratrix, e criou o abismo que separa a capela da montanha. Ele passou muito tempo em Ceoris durante seus dias iniciais, para a consternação de seu rival, Goratrix. Em 996, esnobou Goratrix ao provar que a magia estava diminuindo. Os dois então competiram furiosamente para encontrar um meio de contrabalancear  o fenômeno. Seu zelo em vencer levou Etrius a abandonar as proibições de seu mestre a respeito do diabolismo. Ele tentou duplicar as formas de conjuração de magia dos diabolistas sem de fato fazer contato com demônios. Seus experimentos terminaram em desastre em 1014, quando atraiu uma verdadeira horda de demônios (e pode até ter aberto um portal para as esferas infernais, forçando o abandono de um conjunto de laboratórios para um hóspede infernal. Goratrix passou-lhe a frente em 1022, trabalhando na magia que transformou a Tremere e sete de sua Casa, incluindo Etrius e Goratrix, em vampiros. Etrius ficou horrorizado e lamentou por sua alma imortal. Seus companheiros trocaram olhares de consentimento e Etrius se calou. (Suas objeções morais não tiveram longevidade. Em noites posteriores, com a saída de Goratrix e com o vampirismo como centro da existência Tremere, Etrius seria capaz de ir tão longe a ponto de assumir a autoria da elaboração do grande ritual).
Em 1024, o fantasma de Ponticulus apareceu diante de Etrius para alertá-lo de que Goratrix havia compactuado com entidades de outros mundos para elaborar  a cerimônia de transformação. Ponticulus insistiu que Etrius convencesse os outros participantes do ritual a cometer suicídio, para que a magia não fosse destruída em todo o mundo. Etrius há muito já esperava a aparição de Ponticulus e tomou uma ação para escravizar o fantasma, mas falhou. Ponticulus escapou e decidiu revelar os segredos dos Tremere para os Tzimisce.
Etrius retornou para sua luta contra Goratrix, insistindo por cautela, conforme o clã se movia e abraçava novos membros. Etrius argumentava que não se poderia confiar naqueles abraçados sem consentimento. Ele obscureceu a sabedoria estratégia de seu plano ao disfarçar suas objeções em termos religiosos. Como Tremere não interferiu, Etrius e Goratrix travaram uma guerra mortífera um com o outro. Em 1036, quando o conflito ameaçou expor publicamente os Tremere, o próprio Tremere entrou em cena e usou o conflito como pretexto para submeter todos os 7 do Conselho Interno ao Laço de Sangue. Etrius considerou isso como um bom resultado.
Tremere levou Etrius consigo em sua épica jornada para aprender mais sobre os vampiros e seus costumes. Pelo ano de 1026, ambos já estavam ativamente rastreando e capturando matusaléns, para que também o conselho dos 7 pudesse diablerizá-los. As petições de Etrius para que Goratrix fosse excluído dos benefícios de suas buscas foram em vão.
Em 1133, Etrius auxiliou Tremere a encontrar e matar Saulot. Alguma parte de sua consciência há muito enterrada lhe dizia que este era o maior crime de todos, e que ele deveria parar. Contudo , Tremere estava ansioso por ir adiante e com certeza Goratrix o ajudaria se Etrius não o fizesse. Ele segurou o ancião dormente enquanto Tremere bebia seu sangue. Todas as dúvidas remanescentes desapareceram quando Tremere o recompensou ao dar-lhe Ceoris e ao enviar Goratrix para Paris.

Contudo, ao assumir o comando da capela, Etrius percebeu que as forças de Goratrix ainda estavam ativas. Malgorzata era especialmente perturbadora, uma cria manipuladora do mestre exilado e que estava faminta por subir na hierarquia. A facção conspiradora continuou a ignorar suas ordens de ir devagar e abraçar somente magos que consentirem com o vampirismo. O conflito continua até o presente momento.

Fonte: House Tremere págs 85 e 86

Nota: É mencionado no livro Transylvania Chronicles I que Etrius é o 2o Tremere mais poderoso de todos (Pouts!). Já no Transylvania Chronicles 4 é dito que Etrius possui todas as linhas taumatúrgicas existentes (caralho!!). Também é dito que Etrius percebe a luta telepática entre Tremere e Saulot ao receber mensagens telepáticas de Tremere; e que Etrius se submete e se torna o receptáculo temporário do espírito de Tremere.

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